Contrato do BNB, Governo do Estado e New Energy Options garante a implantação de grande parque eólico.
O Estado do Rio Grande do Norte entra pra valer na produção de energia eólica. A assinatura de contrato entre a governadora Wilma de Faria, a empresa New Energy Options (NEO), e a direção do Banco do Nordeste da ordem de 250 milhões de reais garantirá a implantação de uma grande usina no município de Guamaré.
A Usina Eólica Alegria I terá a capacidade de geração de 51 MW, suficiente para atender a aproximadamente 70 mil residências. A estimativa dada pela empresa NEO, responsável pelo empreendimento, é de que Alegria 1 estará em funcionamento já em agosto do próximo ano.
O parque eólico contará com duas usinas (Alegria I e II) e sua capacidade total de geração de energia será de 151 MW. Essa energia será suficiente para abastecer a 200 mil residências. O funcionamento das duas usinas de energia eólica contribuirá significativamente no combate a degradação ambiental, já que evitará que cerca de 120 mil toneladas de CO2 seja emitido para a atmosfera a cada ano.
As negociações para o financiamento da Usina Alegria 2 já se encontram em estágio avançado junto ao Banco do Nordeste. O empreendimento terá também a responsabilidade da NEO, subsidiária do grupo Multiner S.A. – empresa nacional do segmento de geração de energia elétrica.
O Banco do Nordeste, segundo seu presidente, Roberto Smith, tem interesse em também financiar a implantação do próximo grande projeto eólico do Estado, a Usina Alegria 2, que terá o dobro da capacidade de produção da Alegria 1.
Segundo a governadora Wilma de Faria, a assinatura de um convênio dessa dimensão e importância representa uma vitória para o Estado. “Conseguimos mobilizar diferentes segmentos da sociedade e do próprio governo”, afirma.
A governadora chama também a atenção para o fato de que no ano de 2003, quando do início de sua administração, a capacidade instalada para geração de energia eólica no Estado era zero.
No ano de 2010 existe a real possibilidade do Estado se tornar auto-suficiente em energia elétrica. Para isso terá que gerar 650 MW – total da energia que consome.
Um conjunto de empreendimentos está sendo desenvolvido para que o RN alcance a meta da auto-suficiência. Entre os empreendimentos destacam-se a Usina Termelétrica do Vale do Açu (Termoaçu) - concluída em 2008; os parques eólicos do grupo Iberdrola em Rio do Fogo (em funcionamento desde 2006); os parques eólicos da Petrobrás em Macau (funcionando desde 2004); e os parques eólicos de Alegria I e II (previstos para 2010).
Energias renováveis
As energias renováveis são aquelas cujas fontes não se esgotam e estão sempre se renovando. São os casos das energias produzidas pelo sol, pelo vento, e pela força das águas. Já as energias não renováveis são produzidas por fontes que se esgotam, como a gasolina, diesel, gás natural e carvão.
A Energia Eólica é produzida através de aerogeradores que utilizam como matéria prima à força dos ventos. O Rio Grande do Norte tem grande potencial em energia eólica devido à constante força dos ventos em várias áreas litorâneas do Estado.
A energia eólica leva também vantagem com relação à energia hidroelétrica em se tratando de região Nordeste. Enquanto os freqüentes períodos de estiagem fazem os reservatórios, responsáveis pela produção da energia hidroelétrica, diminuírem seus volumes de água, a velocidade dos ventos aumenta.
Fonte: Isaías Oliveira - Revista Foco
Por Brunno Martins:
É gratificante reconhecer o quanto o nosso Estado pode ser favorecido por meios como estes que acabamos de ver. Dentre outros, um ponto interessante dessa matéria é o fato de que o funcionamento das usinas de energia eólica contribuirá no combate a degradação ambiental, evitando cerca de 120 mil toneladas de CO2 seja emitido para a atmosfera por ano.
A real possibilidade de nosso Estado se tornar auto-suficiente em energia elétrica em 2010 é, sem dúvida uma alavanca para o RN no que diz respeito a sustentabilidade. Vamos aguardar a continuidade desse processo, que certamente ainda trará boas notícias para os norte-riograndenses.
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